Às vésperas do final de ano, Ana Amélia Lemos (PP) avalia como positivo os primeiros onze meses frente ao Senado Federal. Segundo ela, esse período foi importante para rever conceitos e perceber que o mundo da política é diferente daquele que ela costumava noticiar. "Hoje, eu posso dizer que nós, jornalistas, não julgamos adequadamente o cenário. Eu mesma dizia antes de me eleger que não seria uma senadora fazedora de leis, já que muitas existiam. Mas agora percebo como a legislação possui falhas, que precisam ser revistas", comentou, em entrevista ao Grupo JM de Comunicação.
Pensando nisso, Ana Amélia passou a elaborar projetos que beneficiassem diretamente a comunidade brasileira. Um deles, como lembra, cria o marco regulatório da produção integrada agropecuária, estabelecendo condições, obrigações e responsabilidades nas relações contratuais entre produtores integrados e agroindústrias integradoras. "Nesta relação não há, atualmente, qualquer regulamentação. O produtor trabalha fornecendo sua produção para outro, mas imerso numa insegurança jurídica", explica a senadora.
A participação de Ana Amélia também foi intensa na análise do Código Florestal e em questões ligadas à área social. "Neste último caso, cito o projeto de lei, de minha autoria, que determina aos planos de saúde que disponibilizem a quimioterapia oral aos seus usuários. Essa medida, como se sabe, reduzirá as filas nos hospitais e os riscos aos pacientes", esclarece a senadora.
Quando aprovado, o projeto será um importante avanço no tratamento do câncer, pois irá propiciar mais conforto aos pacientes, que poderão realizar suas sessões de quimioterapia no ambiente familiar, sem custos de internação e com resultados mais eficientes que a quimioterapia intravenosa. Segundo Ana Amélia, hoje, cerca de 30% dos pacientes com câncer utilizam-se de quimioterapia oral, mas a meta é chegar aos 80%.
Durante a entrevista, a senadora disse que solicitou urgência aos projetos PLS 467/2008, que prevê inclusão de outras atividades ao Simples Nacional; ao PLC 40/2010, relacionado à aposentadoria especial para pessoas com deficiência; ao PLC 112/2007, regulamentando a atividade dos profissionais da beleza; e ao PLC 27/2009, que inclui a música gospel como manifestação cultural.
Por fim, Ana Amélia disse que se sente desolada frente aos inúmeros casos de corrupção, noticiados através da mídia. Lembra que, nesta situação, a participação da sociedade é de suma importância, seja como forma de protesto ou de denúncia. "Precisamos extinguir os casos de nosso cenário político", ressaltou.
Fonte: Jornal da Manhã.
Nenhum comentário:
Postar um comentário